Os consumidores já estão na terceira ou quarta geração de câmera, PC´s e outros dispositivos digitais, com uma infinidade de componentes funcionais e valiosos. Então eu me pergunto e “o que fazer com os dispositivos obsoletos?” Podemos reutilizá-los para aprender utilizando a E.R (Engenharia Reversa) e até mesmo conceber novos dispositivos funcionais. As possibilidades são infinitas já que também temos todos os tipos de dispositivos de manufatura, como ferramentas de corte a laser e impressoras 3D.Tudo isso em um formato compacto e a quase o mesmo preço dos equipamentos de composição do início da revolução editorial por desktop. Falando em desktop, é bom lembrar que essas pessoas estão obtendo ferramentas cada vez mais sofisticadas para simulação e design com a proliferação dos chamados softwares livres e graças as crescentes comunidades de “peer production” aliados ao voluntarismo globalizado. Por exemplo Wikipédia ou quando projeta-se coisas no [mundo virtual] “Second Life” ou no [software 3D] Sketchup no Google Earth. As ferramentas de design de coisas virtuais que podem se tornar físicas estão ficando muito mais democratizadas e difundidas.
O projeto tem como pilar principal o conceito e a prática da Ready-made esta vinculados às ideias de sustentabilidade, reciclagem, reaproveitamento de materiais, equipamentos e a ideia de faça-você-mesmo, arte, tecnologia, design, e experimentação. A partir da avaliação de componentes, aparelhos eletrônicos matéria-prima em geral e software open source, aplica-se uma nova utilização a os artefatos, que ficam no limite do eletrônico, o decorativo, o funcional e o artístico. O principal objetivo da prática é otimizar os custos com operações de produção reduzindo assim os impactos no meio ambiente além da ideia de que as pessoas devem não apenas usar as coisas, mas aprender como elas são feitas e serem capazes de fazê-las é o que move essa iniciativa.